sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O preço da dúvida - Meditação pôr do sol 04/10/13



Pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Tiago 1:6


Apesar de ter uma vida profissional bem-sucedida e uma família maravilhosa, eu não era plenamente feliz; faltava alguma coisa no relacionamento com Deus. Aceitava todas as doutrinas da igreja, mas era resistente à do dízimo. No fundo, eu tinha consciência de que deveria devolver, mas me consolava com a ideia de que não sabia a quem. “No passado”, pensava, “o dízimo era devolvido ao sacerdote, e hoje?” Essa dúvida me atormentava e passei muito tempo preocupado com isso. Às vezes, tentava administrar o dízimo do meu jeito, doando para projetos da igreja, obreiros bíblicos, programas de rádio; outras vezes, dava aos pobres; apesar disso, não conseguia ficar em paz. Orei por uns dez anos, pedindo: “Senhor, mostra-me se o jeito correto de dizimar é este que a igreja sugere: trazer o dízimo à Casa do Tesouro. Onde é essa Casa do Tesouro?”, me perguntava.

Minha experiência com Deus foi se aprofundando, então pedi: “Senhor, revela-me, por favor, qual é o jeito certo de dizimar.” A resposta de Deus foi impressionante. Tenho uma fazenda de gado. Certo dia, vendi um lote de 150 bois; então, comentei com o encarregado da fazenda que o dízimo da venda correspondia a 15 bois. Ele retrucou:
– Mas, seu Rosalino, 15 bois? Pra quem?
– É lá para a igreja, para o pastor.
– E o senhor vai dar?
– Talvez, estou pensando.
– Duvido que o senhor vai dar.
No dia seguinte, quando saí com meus dois filhos para irmos à cidadezinha que fica a dez quilômetros da fazenda, observei à esquerda 11 reses mortas embaixo de uma rede de alta tensão. Fiquei pensando: “Por que essas 11 reses morreram aqui embaixo dessa rede, se elas nunca param aqui?” Os fios haviam caído sobre elas e as matado. Aquilo me deixou revoltado e eu disse ao meu peão, Ari: “Onze reses do dízimo já foram, faltam só quatro!” Na mesma noite, morreram três bois. Continuei desafiando a Deus e disse ao meu peão: “Olha aí, seu Ari, falta agora apenas uma rês.”
Por acaso, naquela noite estava caminhando com ele, e qual não foi a nossa surpresa quando encontramos a outra rês morta! Todas elas tinham sangue saindo pelos poros. Fiquei impressionado com aquilo. Chamei o veterinário e ele levou o sangue e o cérebro para análise, mas os exames não detectaram nada, nem picada de cobra, nem doença contagiosa, nada. Fiquei extremamente impressionado. Seriam essas as 15 reses a que eu zombeteiramente me referi como sendo o dízimo da venda dos bois? Fiquei angustiado naquele dia. À noite, acordei e orei várias vezes: “Senhor, me revela, por favor; não suporto mais essa situação de estar convivendo com a igreja, aceitar todas as doutrinas e ter essa pendência em minha cabeça e essa tormenta no coração.” Quando virei para o lado, um ser alto, de uns três metros de altura, uma pessoa linda olhou para mim e disse: “Rosalino, as coisas de Deus são santas; você precisa entender e respeitar. Você não é obrigado a devolver o santo dízimo, mas precisa respeitar as coisas de Deus!” Naquele momento, acordei e virei para olhar, mas não vi ninguém. Tenho certeza de que Deus me revelou por meio do sonho o privilégio que nós seres humanos temos de partilhar com Ele um pouco do tanto que Ele nos concede.
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário