terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Eterna Alegria


Voltarei e vos receberei para Mim mesmo. João 14:3

O tempo da traição, do sofrimento e da crucifixão de Cristo se aproximava e, ao se reunirem os discípulos ao Seu redor, o Senhor revelou-­lhes os tristes eventos que em breve ocorreriam, enchendo-lhes o coração de pesar. A fim de confortá-los, Ele proferiu as ternas palavras: "Não se turbe o vosso coração. [...] [Eu] voltarei e vos receberei para Mim mesmo" (Jo 14:1, 3). Desviou a mente dos discípulos das cenas de tristeza para as mansões celestiais e para a ocasião em que se reuniriam no reino de Deus. [...] Apesar de ter que Se separar deles e ascender ao Pai, a obra em favor daqueles que amava não se encerraria. Prepararia moradas para aqueles que, por Sua causa, seriam peregrinos e estrangeiros neste mundo.

Depois de Sua ressurreição, [Jesus] "os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-Se retirando deles, sendo elevado para o céu" (Lc 24:50, 51). [...] Você imagina os discípulos dizerem uns aos outros algo assim no caminho de volta para Jerusalém: "Pois é, o Senhor nos deixou. Qual é a vantagem agora de tentarmos conquistar seguidores para Ele? Vamos voltar às nossas redes"? [...] Não há registro de um diálogo assim. Nenhuma linha foi escrita nem registrada qualquer coisa que sugerisse que eles cogitaram abandonar o serviço de seu Senhor, que acabara de ascender ao Céu para assumir o serviço em favor do indivíduo e do mundo. A mão do Salvador estava estendida para abençoar os discípulos que Ele havia deixado para trás ao ascender ao Céu. Os discípulos contemplaram a glória dEle. Cristo foi preparar mansões para eles. Sua salvação estava assegurada. Se fossem fiéis em cumprir as condições, certamente O seguiriam para o mundo de eterna alegria. O coração deles transbordava em cânticos de louvor e regozijo.

Todos nós temos o mesmo motivo para ser agradecidos. A ressurreição e ascensão de nosso Senhor são prova segura do triunfo final dos santos de Deus sobre a morte e a sepultura. Esta é uma garantia de que o Céu está aberto para os que lavaram as vestes do caráter e as branquearam no sangue do Cordeiro. Jesus subiu para o Pai como representante da humanidade, e Deus levará os que refletem a imagem dEle ao contemplar Sua glória e dela participar. [...]

Avancemos juntos para conquistar a grande recompensa e entoar o cântico dos remidos. Se quisermos um dia entoar louvores a Deus no Céu, precisamos primeiro entoá-los aqui (Signs of the Times, 27 de janeiro de 1888).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Estamos Preparados?


Ele enviará os Seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os Seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos Céus. Mateus 24:31

Os líderes da nação judaica tinham as Escrituras do Antigo Testamento, que claramente prediziam a maneira do primeiro advento de Cristo. Por meio do profeta Isaías, Deus descreveu a aparência e a missão de Cristo, declarando: "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer" (Is 53:3). [...]

Todos os maravilhosos acontecimentos agrupados em volta de Sua segunda vinda eram por eles aguardados em Sua primeira vinda. Por isso, quando Ele veio, não estavam preparados para recebê-Lo. [...]

Entre o primeiro e o segundo advento de Cristo, haverá um admirável contraste. A linguagem humana não pode descrever as cenas da segunda vinda do Filho do homem nas nuvens do céu. Ele virá com Sua glória, e com a glória do Pai e a dos santos anjos. Virá revestido do traje de luz, que Ele tem usado desde os dias da eternidade. Os anjos O acompanharão. [...] Será ouvido o som de trombeta, chamando para fora da sepultura os mortos que dormem. [...]

Ao contemplarem eles [os líderes judaicos] Sua glória, surge-lhes subitamente à memória a lembrança do Filho do homem revestido da humanidade. Eles se recordam do modo como O trataram, como O rejeitaram e cerraram fileiras ao lado do grande apóstata. As cenas da vida de Cristo aparecem diante deles em toda a sua clareza. Tudo o que Ele fez, tudo o que Ele disse, a humilhação a que desceu para salvá-los da mancha do pecado, ergue-se diante deles para condenação. [...]

Estamos agora em meio aos perigos dos últimos dias. As cenas do conflito se apressam, e o maior dos dias está precisamente sobre nós. Estamos preparados para isso? [...]

O Filho do homem concederá aos justos a coroa da vida eterna, e eles O servirão "de dia e de noite no seu santuário; e Aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o Seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (Ap 7:15-17) (Review and Herald, 5 de setembro de 1899).

sábado, 21 de dezembro de 2013

Aceite o Convite


Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a Minha casa. Lucas 14:23

Um homem que havia sido convidado para a festa com Cristo na casa de um dos principais fariseus e que ouvira o Mestre declarar qual era o dever daqueles que desfrutavam da generosidade de Deus exclamou em convencida presunção: "Bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus" (Lc 14:15). Sua intenção era desviar a mente dos convidados do assunto do dever prático, mas em lugar disso abriu a oportunidade para a apresentação de uma parábola que possuía um significado ainda mais profundo e que esclareceu ainda mais aos ouvintes o caráter e o valor de seus privilégios atuais. [...]

Cristo enviou a um elevado custo o convite para uma festa que preparou. Ele enviou o Espírito Santo para impressionar a mente dos profetas e de homens santos do passado para convidar Seu povo escolhido a participar da rica festa do evangelho. [...] O homem que tentou desviar a atenção dos convidados falou com grande certeza, pensando que certamente comeria pão no reino de Deus. Porém, Jesus o advertiu e a todos os demais quanto ao perigo de rejeitar o convite atual para a festa do evangelho. [...]

O Senhor enviou primeiramente o convite para Seu povo escolhido, mas eles desprezaram e rejeitaram Seu mensageiro. Como foram fúteis e superficiais as justificativas apresentadas. São, porém, as justificativas apresentadas pelas pessoas desta era mais sensatas do que as apresentadas no tempo de Cristo?

Alguns convidados exclamam: "Imploro que me dispense desse compromisso. Se eu for, meus vizinhos zombarão e debocharão de mim. Não posso suportar ser escanercido por eles. Vivo entre eles por muito tempo e não quero desagradar meus vizinhos." [...] Outros estão ansiosos para adquirir terras e acumular ganhos temporais. Os poderes da mente, do coração e do corpo são absorvidos por assuntos terrenos. [...]

A preciosa mensagem nos é repetida nestes últimos dias. [...] O convite foi feito: "Vinde, pois tudo está preparado." [...]
Cristo entregou a própria vida para a redenção de Seu povo, e deseja que consideremos Seus elevados e eternos reclamos (Review and Herald, 5 de novembro de 1895).

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A Chuva Serôdia


Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas serôdias, ao Senhor, que faz as nuvens de chuva, dá aos homens aguaceiro. Zacarias 10:1

No Oriente, a chuva temporã cai no tempo da semeadura. Ela é necessária para que a semente possa germinar. Sob a influência de fertilizantes aguaceiros, nasce o tenro broto. Caindo perto do fim da estação, a chuva serôdia amadurece o grão e o prepara para a ceifa. O Senhor utiliza esses elementos da natureza para representar a obra do Espírito Santo. Como o orvalho e a chuva são dados primeiro para fazer com que a semente germine, e então para amadurecer a colheita, assim é dado o Espírito Santo para levar avante, de um estágio para outro, o processo de crescimento espiritual. O amadurecimento do grão representa a conclusão do trabalho da graça de Deus no coração. [...]

A chuva serôdia, amadurecendo a seara da Terra, representa a graça espiritual que prepara a igreja para a vinda do Filho do homem. Mas, a menos que a chuva temporã haja caído, não haverá vida. A ramagem verde não brotará. Se a chuva temporã não fizer seu trabalho, a serôdia não desenvolverá a semente até a perfeição. [...]

O trabalho que Deus começou no coração humano mediante Sua luz e conhecimento deve estar continuamente avançando. Cada indivíduo deve estar consciente da própria necessidade. Deve o coração ser esvaziado de toda mancha, purificado para habitação do Espírito. Foi pela confissão e pelo abandono do pecado, por meio de fervorosa oração e da entrega pessoal a Deus, que os discípulos se prepararam para o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. O mesmo trabalho, apenas em grau mais elevado, deve ser feito agora. [...]


Só os que estiverem vivendo de acordo com a luz que têm recebido poderão receber maior luz. A não ser que nos estejamos desenvolvendo diariamente como exemplo das ativas virtudes cristãs, não reconheceremos as manifestações do Espírito Santo na chuva serôdia. Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos.
Em nenhum ponto de nossa experiência, podemos dispensar a assistência daquilo que nos habilita a colocar em ação justamente o que está no ponto de partida. As bênçãos recebidas sob a chuva temporã nos são necessárias até ao fim (Review and Herald, 2 de março de 1897).

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Individualmente Responsáveis


Examine-se, pois, o homem a si mesmo. 1 Coríntios 11:28

Este mundo é uma escola de treinamento, e o grande objetivo da vida deve ser adequar-se para as mansões gloriosas que Jesus foi preparar. Lembremo-nos de que a obra de preparação é individual. Não somos salvos em grupo. A pureza e a devoção de um não suprirá a falta dessas qualidades em outro. Cada caso será examinado individualmente. Cada um deve ser provado e achado sem mancha, ruga ou coisa semelhante.

Estamos vivendo no grande dia antitípico da expiação. Jesus está agora no santuário celestial, fazendo expiação pelos pecados de Seu povo [...]. Não sabemos quão brevemente os casos dos vivos serão passados em revista perante o tribunal, mas sabemos que vivemos nas cenas finais da história da Terra. Estamos, por assim dizer, no limiar do mundo eterno. É importante que cada um de nós pergunte a si mesmo: "Como está meu caso nas cortes do Céu? Serão meus pecados expiados? Sou defeituoso de caráter, e tão cegado para tais defeitos por causa dos costumes e opiniões do mundo, que o pecado para mim não parece tão ofensivo a Deus como de fato ele é?" Não é tempo agora de permitir que nossa mente seja absorvida com coisas da Terra, enquanto rendemos a Deus apenas pensamentos ocasionais e damos senão pouca importância ao preparo para o país em direção do qual estamos caminhando.

No típico Dia da Expiação, exigia-se que todo o povo afligisse o coração diante de Deus. O indivíduo não deveria afligir o coração do outro, mas fazer isso entre Deus e o próprio coração. A mesma obra de exame de consciência e humilhação é exigida de cada um de nós agora. [...] Momentos preciosos que deveriam ser dedicados à busca do adorno interior de um espírito manso e sereno são desperdiçados em adornar o vestuário e em outras questões insignificantes que não são de forma alguma essenciais. [...]

Vivemos em uma era importante e cheia de acontecimentos. Estamos quase no lar. Em breve, as muitas mansões que nosso Salvador foi preparar surgirão diante de nossos olhos. [...] Podemos agora ter em nosso coração alegria e paz inexprimíveis e gloriosas. Logo, por ocasião da volta de Cristo, a recompensa que se encontra no final da corrida cristã será nossa para ser desfrutada ao longo das eras sem fim (Signs of the Times, 29 de maio de 1884).


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Honre o Doador dos Dons


Que viram em tua casa? 2 Reis 20:15

Estude o caso de Ezequias. Ele adoeceu a ponto de quase perder a vida. Apelou ao Senhor, e Deus lhe concedeu mais quinze anos de vida. "Nesse tempo [...] [o] rei da Babilônia enviou cartas e um presente a Ezequias, porque soube que estivera doente e já tinha convalescido. Ezequias se agradou disso e mostrou aos mensageiros a casa do seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, os óleos finos, todo o seu arsenal e tudo quanto se achava nos seus tesouros; nenhuma coisa houve, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio, que Ezequias não lhes mostrasse. Então, Isaías, o profeta, veio ao rei Ezequias e lhe disse: Que foi que aqueles homens disseram e donde vieram a ti?" (Is 39:1-3).

A visita dos embaixadores a Ezequias foi um teste de sua gratidão e devoção. [...] Deus o livrou do leito da morte, concedeu-lhe vida nova. Os babilônicos ouviram de seu maravilhoso restabelecimento. Maravilharam-se de que o Sol havia regredido dez graus, como sinal de que a palavra do Senhor se cumpriria. Eles enviaram embaixadores a Ezequias a fim de com ele se congratular por seu restabelecimento. A visita desses mensageiros deu-lhe a oportunidade de enaltecer o Deus do Céu. Como lhe teria sido fácil apontar-lhes ao Deus dos deuses. Porém, o orgulho e a vaidade tomaram posse do coração de Ezequias. Para se exaltar, expôs a olhos cobiçosos os tesouros com que Deus havia enriquecido Seu povo. [...] Sua indiscrição preparou o caminho para o desastre nacional. Os embaixadores levaram para a Babilônia o relatório das riquezas de Ezequias, e o rei e seus conselheiros planejaram enriquecer Babilônia com os tesouros de Jerusalém.

Se ele tivesse aproveitado a oportunidade que lhe era dada de testemunhar do poder, da bondade e da compaixão do Deus de Israel, o relatório dos embaixadores teria sido como luz espantando as trevas. Mas ele engrandeceu a si mesmo acima do Senhor dos Exércitos e fracassou em render glória a Deus. [...]


Oh, que aqueles em favor de quem Deus tem operado maravilhas O glorifiquem e anunciem Suas poderosas obras! Mas, muitas vezes, aqueles em favor de quem Deus opera agem como Ezequias – esquecendo-se do Doador de todas as bênção que recebem (Signs of the Times, 1º de outubro de 1902).

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Seguindo o Modelo


Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Apocalipse 22:14, ACF

Se desejamos entrar no Céu, devemos nos esforçar para introduzir em nossa vida terrena tudo o que estiver relacionado ao Céu. A religião de Cristo nunca rebaixa aquele que a recebe. Ela exercerá uma influência celestial sobre a mente e as maneiras das pessoas. Quando a Palavra de Deus encontra acesso ao coração daqueles que são rudes e grosseiros, inicia-se um processo de refinamento do caráter, e os que perseveram se tornam humildes e receptivos ao ensino, como as criancinhas. [...] Eles se tornarão pedras vivas no templo de Deus. São esculpidos, polidos e cinzelados a fim de se adequarem à construção divina. Os que são naturalmente cheios de amor próprio se tornam mansos e humildes. Há uma mudança de caráter, e são transformados pela renovação da mente e pela regeneração do Santo Espírito.

No princípio, disse Deus: "Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança" (Gn 1:26). Mas o pecado tem quase apagado a imagem moral de Deus na humanidade. Em meio a essa condição lamentável não haveria chance de mudança ou esperança [para nós] se Jesus não tivesse vindo ao nosso mundo para ser o Salvador e Exemplo do ser humano. Em meio à degradação moral do mundo, Ele Se levanta, de caráter belo e imaculado,

o Modelo para a imitação humana. Devemos estudar, copiar e seguir o Senhor Jesus Cristo, então introduziremos a amabilidade de Seu caráter em nossa vida [...]. Por meio de Cristo, podemos adquirir o espírito de amor e obediência aos mandamentos de Deus. Por meio de Seus méritos, esse espírito pode ser restaurado em nossa natureza caída. Quando o tribunal se assentar em juízo e se abrirem os livros, receberemos a aprovação de Deus.

João viu a cidade santa, a Nova Jerusalém, com doze portas de pérola e doze fundamentos de pedras preciosas, que descia do Céu, da parte de Deus. [...] Todo aquele que entrar por aquelas portas e caminhar por aquelas ruas terá sido transformado e purificado aqui pelo poder da verdade, e a coroa de glória imortal adornará a fronte do vencedor.

As nações que guardaram a verdade entrarão, e a voz do Filho de Deus pronunciará as cordiais boas-vindas: "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida" (Signs of the Times, 22 de dezembro de 1887).

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ação Decisiva


Negociai até que eu volte. Lucas 19:13

Como adventistas do sétimo dia, temos uma obra a fazer ao testemunhar de Cristo. [...] Sendo que o Senhor em breve voltará, comece a agir de forma resoluta e determinada, e com profundo interesse a fim de ampliar as estruturas [institucionais], para que uma grande obra seja feita em pouco tempo.

Os que se aliaram ao mundo devem aceitar o convite do Senhor: "Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras" (2Co 6:17). [...] Os raios brilhantes do Sol da Justiça devem brilhar sobre você, para que você seja embelezado com a santidade.

Devemos dizer agora que não há necessidade de uma estrutura? De que tudo o que precisamos é de fé? A fé genuína é um princípio operante, e o trabalho se revelará como uma prova desse agente no coração. Redobre seus esforços, redobre sua força de trabalho. [...]

Uma grande obra precisa ser efetuada em todas as partes do mundo. Como o fim está perto, ninguém deve deduzir que não é necessário um esforço especial para edificar as diversas instituições que a Causa requer. [...] Todos devem trabalhar, mas o fardo mais pesado de responsabilidade recai sobre os que possuem maior talento, mais recursos e mais abundantes oportunidades. Seremos justificados pela fé e julgados por nossas obras.


Quando o Senhor nos ordenar que não façamos mais esforço nenhum para estabelecer escolas, construir sanatórios e instituições para abrigar os órfãos, os destituídos de lar e para oferecer conforto aos ministros desgastados, terá chegado o tempo de cruzarmos os braços e deixar que Ele termine a obra. Mas agora temos a oportunidade de manifestar nosso zelo pelo Senhor. [...]
Além de tudo isso, Deus convida missionários nacionais. Que todo seguidor de Cristo negue o eu, exalte a cruz e gaste bem menos recursos para a satisfação egoísta, de modo que existam agentes vivos e operantes em todas as igrejas. Uma fé que abranja menos do que isso negará o caráter cristão. A fé do evangelho é aquela cujo poder e graça vêm de Deus. Tornemos manifesto que Cristo permanece em nós, deixando de gastar dinheiro com vestuário ou coisas desnecessárias, enquanto a causa de Cristo definha por falta de meios, pois existem nas igrejas dívidas não liquidadas e a tesouraria se encontra vazia. "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7:20). Não seguiremos o exemplo dAquele que em nosso favor Se fez pobre, para que por meio de Sua pobreza fôssemos feitos ricos? (General Conference Bulletin, 4º trimestre de 1896, p. 765-768).

domingo, 15 de dezembro de 2013

Representantes de Cristo


Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela Sua exclusiva autoridade. Atos 1:7

[Aos discípulos não foi revelado o dia nem a hora da segunda vinda de Cristo.] Havia apenas uma coisa que podiam entender: receberiam poder depois que o Espírito Santo fosse derramado sobre eles. Então seriam testemunhas de Cristo. Toda a ansiosa curiosidade de saber o tempo determinado é repreendida. Não compete ao ser humano saber a respeito disso. Não devemos ficar ansiosos com as coisas que o Senhor não nos confiou, mas manteve em Sua posse, sem revelá-las. No entanto, o derramamento de Seu Espírito nos foi prometido. Podemos aguardar confiantemente o cumprimento dessa promessa [...], pois não podemos fazer nada em favor da salvação de outros sem esse agente celestial. [...]

Ao aproximar-se rapidamente o fim, devemos manter em mente a espiritualidade da lei e a total inutilidade de uma obediência formal e cerimonial aos mandamentos, pertencente à religião legalista. Os princípios eternos da verdade devem ser exaltados. O caráter santo e paternal de Deus deve ser apresentado a todos. Nossa obrigação em nossas ações diárias deve ser revelada para que possamos entender nossa relação com Deus e de um para com o outro, pois devemos cuidar do próximo como alguém de quem prestaremos conta.
Devemos apresentar ao povo não as imaginações humanas, não seus planos e conclusões, mas a graça de Deus no dom de Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crer, não pereça, mas tenha vida eterna. Devemos exaltar a Jesus, para que Ele possa atrair as pessoas a Si.

Como é difícil para Cristo colocar a ideia correta da natureza espiritual de Seu reino na mente de Seus discípulos. Como é difícil para eles reconhecer a necessidade da oração constante, do arrependimento sincero, da conquista cada vez maior da perfeição de caráter, que é o sal da experiência cristã e a evidência da operação do Espírito Santo no coração. [...]


Que todos executem agora seu dever, trabalhando ativamente com Jesus Cristo. Representem Jesus por seu exemplo de piedade cristã, para que a graça de Cristo possa parecer como ela é: bela, atrativa, harmoniosa e sempre coerente. A vida embelezada pela santidade não é de ociosa contemplação, mas uma vida repleta de intenso trabalho em favor do Mestre, cuja luz brilha mais e mais até ser dia perfeito (General Conference Bulletin, 4º trimestre de 1896, p. 764, 765).

sábado, 14 de dezembro de 2013

Nosso Dever

Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor. Romanos 12:11

O presente dever de todo verdadeiro filho de Deus é aguardar pacientemente, vigiar atentamente e trabalhar fielmente até a vinda do Senhor, para que estejamos preparados para esse solene evento. As características do verdadeiro seguidor de Cristo, o homem perfeito em Cristo Jesus, serão manifestadas no trabalho, na vigilância e na espera de nosso Senhor. Eles não se dedicarão apenas à contemplação e à meditação, nem estarão tão absortos com os trabalhos a ponto de negligenciar o exercício da piedade pessoal. Mas, para os cristãos simétricos, a devoção pessoal estará associada ao trabalho zeloso. Os seguidores de Cristo não serão indolentes em suas atividades. Eles serão "fervorosos no espírito; servindo ao Senhor". [...]

O Senhor em breve voltará e, por essa razão, precisamos de escolas, não para que sejamos educados segundo a ordem do mundo, mas para que nossas instituições de ensino sejam como as escolas de profetas – locais em que possamos aprender a vontade de Deus e alcançar os mais altos ramos da ciência, para que possamos compreender melhor a Deus e Suas obras, e o caráter de Jesus Cristo a quem Ele enviou. [...] O povo de Deus deve adquirir mais e mais habilidade e experiência, pois haverá aumento de trabalho para todos, especialmente para os homens em posição de confiança. Ao nos aproximarmos do fim, Satanás será movido a empregar esforço intenso para derrotar todos os que se opuserem à sua exigência de autoridade suprema sobre a Terra, e o povo de Deus deve estar preparado para o conflito. Deus requer o pleno exercício de todas as habilidades que Ele concedeu aos seres humanos para que possam realizar, dentro de suas capacidades naturais e cultivadas, tudo que lhes é possível realizar. [...] Os seguidores de Cristo não podem abandonar o posto do dever sem trair os sagrados depósitos, sem colocar em risco a salvação da própria vida e da vida de outros. [...]


Ao apresentar Cristo aos discípulos a grande obra a ser realizada e prometer-lhes o dom do Espírito Santo, ansiaram saber se então veriam o cumprimento da esperança acalentada por tanto tempo. Eles perguntaram: "Senhor, restaurarás Tu neste tempo o reino a Israel?" O Senhor repreendeu a curiosidade deles e disse: "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder" (At 1:6, 7) (General Conference Bulletin, 4º trimestre de 1896, p. 764).

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Preparo Para a Vinda de Jesus



Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus. Tito 2:13

Jesus em breve voltará. Nós, que cremos nessa verdade solene, devemos advertir o mundo. Devemos mostrar por meio de nossa roupa, de nossas conversas e de nossas ações que nossa mente está fixada em algo melhor do que os negócios e prazeres desta vida efêmera. Somos senão peregrinos e estrangeiros aqui. Devemos dar evidência de que estamos prontos, aguardando o aparecimento de nosso divino Senhor. Prezado leitor, permita que o mundo veja que você está a caminho de uma terra melhor – para uma herança imortal que nunca terá fim. Você não se pode permitir dedicar a vida para as coisas deste mundo. Sua preocupação deve estar em se preparar para o lar que o aguarda no reino de Deus.

Como devemos nos preparar? Levando nossos apetites e paixões em sujeição à vontade de Deus e demonstrando em nossa vida os frutos da santidade. Devemos praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus. Devemos deixar Cristo entrar em nosso coração e em nosso lar. Nossa felicidade depende do cultivo do amor, da compaixão e da verdadeira cortesia de uns para com os outros. [...]

Nossa vida deve ser consagrada ao bem e à felicidade dos outros, como foi a de nosso Salvador. Essa é a alegria dos anjos e o trabalho em que eles estão envolvidos. O espírito do amor abnegado de Cristo é o espírito que existe no Céu e a essência da alegria que existe ali. Esse deve ser nosso espírito, se desejamos estar em condições de fazer parte da sociedade das hostes angelicais. À medida que o amor de Cristo nos enche o coração e nos rege a vida, o egoísmo e o amor da comodidade serão vencidos. Nosso prazer consistirá em fazer a vontade de nosso Senhor, a quem esperamos ver em breve. [...]

Devemos fazer o certo porque é certo, não para evitar a punição ou por medo de alguma grande calamidade que possa nos sobrevir. Desejo fazer o certo pelo prazer que tenho na justiça. Podemos encontrar muita felicidade em fazer o bem aqui, muita satisfação em fazer a vontade de Deus, muito prazer em receber Sua bênção. Mostremos, portanto, que somos homens e mulheres de bom senso, escolhendo nossa parte não com este mundo, mas naquele que há de vir. Permaneçamos em nosso posto, fiéis na execução de cada dever, tendo nossa vida escondida com Cristo em Deus, pois "logo que o Supremo Pastor Se manifestar, [receberemos] a imarcescível coroa da glória" (1Pe 5:4) (Signs of the Times, 10 de novembro de 1887).

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Como nos Dias de Noé


Viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra. Gênesis 6:5

Os habitantes do mundo de hoje são representados pelos que viviam na Terra durante a época do dilúvio. A impiedade dos habitantes do velho mundo é abertamente declarada: "E viu o Senhor que a maldade

do homem se multiplicara sobre a Terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6:5, ARC). Deus Se cansou dessa gente cujos pensamentos eram só de prazer e satisfação própria. Não buscavam o conselho de Deus, que os criara, nem se importavam em fazer a vontade dEle. A repreensão de Deus estava sobre eles por seguirem continuamente os desejos de seu coração. Havia violência na Terra. "Então arrependeu-­Se o Senhor de haver feito o homem sobre a Terra" (v. 6, ARC).
Em seus ensinos, Cristo fez menção àquele tempo: "Pois assim como foi nos dias de Noé", Ele disse, "também será a vinda do Filho do Homem" (Mt 24:37). [...]

Os antediluvianos tinham a advertência que lhes fora dada antes de sua ruína, mas a advertência não foi atendida. Eles se recusaram a ouvir as palavras de Noé, zombaram de sua mensagem. Pessoas justas viveram naquela geração. Antes da destruição do mundo antediluviano, Enoque deu seu testemunho resolutamente. Em visão profética, viu a condição do mundo no tempo presente. Ele disse: "Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra Ele. Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse" (Jd 14-16, ARC). [...]


Uma vida fervorosa é o que Deus requer. Podem os pastores ter pouco conhecimento dos livros, porém, se fazem o melhor que lhes é possível com seus talentos, se trabalham segundo suas oportunidades, se revestem suas declarações da linguagem mais simples e clara, se são homens humildes, que andam cuidadosa e humildemente, buscando sabedoria do Alto, trabalhando de coração para Deus, atuando por um motivo predominante – amor por Cristo e pelas pessoas por quem Ele morreu –, serão escutados mesmo por pessoas de capacidade e talentos superiores. Haverá atração na simplicidade das verdades que eles apresentam (Review and Herald, 1º de novembro de 1906).

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Precursor de Cristo


Irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado. Lucas 1:17

Em João Batista, levantou Deus um mensageiro para preparar o caminho do Senhor. Ele deveria apresentar ao mundo um testemunho inabalável, ao reprovar e denunciar o pecado. [...] João não tinha sido educado nas escolas dos rabis. Ele não obtivera qualquer cultura humana. [...]

Porém, para preparar o caminho adiante de Cristo, era necessário alguém que fosse bastante ousado para fazer sua voz ouvida como os profetas de outrora, chamando a nação degenerada ao arrependimento. E a voz de João erguia-se como uma trombeta. Sua comissão era: "Anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados" (Is 58:1). [...]

Neste século, justamente antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu, o Senhor chama homens e mulheres para que sejam fervorosos e preparem um povo que subsista no grande dia do Senhor. O Senhor tem estado a dar mensagens a Seu povo, mediante os instrumentos de Sua escolha. Ele quer que todos deem atenção às admoestações e advertências que envia. A mensagem que precedeu o ministério público do Filho de Deus foi: Arrependei-vos, publicanos; arrependei-vos, fariseus e saduceus, "porque é chegado o reino dos Céus" (Mt 3:2). Nossa mensagem não deve ser de "paz e segurança" (1Ts 5:3). Como um povo que acredita na próxima vinda de Cristo, temos uma obra a fazer, uma mensagem a apresentar: "Prepara-te [...] para te encontrares com o teu Deus" (Am 4:12). Devemos erguer o estandarte e dar a terceira mensagem angélica. Nossa mensagem precisa ser tão direta como o foi a de João. Ele repreendia reis por sua iniquidade. Apesar de sua vida estar em risco, a verdade não lhe esmoreceu nos lábios. É necessário que nossa obra para este século seja feita com igual fidelidade. [...]

Olhem para o quadro que o mundo apresenta hoje. [...] A luz concedida, convidando ao arrependimento, tem sido excluída pela densa nuvem de incredulidade e oposição criada por planos e invenções humanos. [...]

Criam convicções os fervorosos apelos apoiados em orações que partem do coração de um mensageiro que nisso põe toda a alma. [...] Todo aquele que conhece o único Deus vivo e verdadeiro conhecerá a Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, e pregará a Jesus Cristo, e Ele crucificado (Review and Herald, 1º de novembro de 1906).

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Uma Voz no Deserto



Este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Mateus 3:3

A pregação de João Batista gerou intensa agitação. No início de seu ministério, o interesse religioso era muito baixo. A superstição, a tradição e as fábulas haviam confundido a mente do povo, e o caminho da justiça não era compreendido. Zelosas para obter tesouros e honras mundanas, as pessoas haviam se esquecido de Deus. [...]

O ensino de João fez brotar no coração de muitos um grande desejo de participar das bênçãos que Cristo traria, e esses receberam a verdade. Reconheceram a necessidade de reforma. Não deveriam apenas tentar passar pelo portão estreito, mas se esforçar e lutar a fim de receber as bênçãos do evangelho. Nada a não ser o desejo veemente, a vontade determinada e o propósito firme poderia resistir às trevas morais que cobriam a Terra com o manto da morte. A fim de obter as bênçãos que era seu privilégio receber, deveriam trabalhar arduamente, negar o eu.

A obra de João Batista representa a obra para este tempo. Seu trabalho e o trabalho dos que nos últimos dias saem no espírito e poder de Elias para despertar as pessoas de sua apatia são idênticos em muitos aspectos. Cristo virá a segunda vez para julgar o mundo com justiça. Os mensageiros de Deus que levam a mensagem de advertência ao mundo devem preparar o caminho para o segundo advento, assim como João preparou o caminho para o primeiro advento. Se o reino do céu foi atacado violentamente nos dias de João, será atacado agora também. Hoje, as bênçãos do evangelho devem ser obtidas da mesma forma. Se as formas e cerimônias não tinham valor para eles, uma forma de piedade sem o poder também não terá qualquer valia hoje.

Há duas forças atuando. De um lado, Satanás está trabalhando com todas as forças para contra-atacar a influência do poder de Deus. Por outro lado, Deus opera por meio de Seus servos para levar as pessoas ao arrependimento. Quem irá prevalecer? Satanás, sabendo que tem pouco tempo, desceu com grande poder e trabalha com todo o engano da injustiça para os que perecem. Todo artifício que puder empregar está usando para impedir que cheguem à luz. As vitórias obtidas sobre o eu e o pecado são ganhas com o prejuízo do inimigo, e ele não permitirá que desfrutemos as bênçãos de Deus sem fazer determinados esforços para nos impedir (Youth's Instructor, 17 de maio de 1900).

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Exemplo de João Batista


Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. João 1:6


O nascimento de João Batista foi profetizado pelos profetas, e um anjo foi enviado para notificar Zacarias do acontecimento. O mensageiro celestial ordenou expressamente ao pai educar a criança em rigorosos hábitos de temperança. [...]

João não se sentia forte o bastante para enfrentar a grande pressão da tentação a que seria exposto ao misturar-se com a sociedade. Temia que seu caráter fosse moldado de acordo com os costumes prevalecentes entre os judeus. Escolheu se separar do mundo e fazer do deserto seu lar. [...] Longe de se sentir solitário, deprimido ou melancólico, desfrutou sua vida de simplicidade e isolamento. Seus hábitos de temperança evitaram que seus sentidos fossem pervertidos. [...]

João tinha uma obra especial a fazer para Deus. Seu dever era lidar com o pecado e a insensatez do povo. A fim de se preparar para essa importante obra pública, era preciso que se qualificasse em isolamento, buscando o conhecimento celestial. Deveria meditar e orar e, através do estudo, familiarizar-se com as profecias e com a vontade de Deus. Longe da agitação do mundo, cujos cuidados e prazeres sedutores distrairiam sua mente e perverteriam seus pensamentos e imaginações, fechou-se com Deus e a natureza. [...] Por meio de seus rigorosos hábitos de temperança, ele assegurou para si saúde física, mental e moral. [...]

João se habituou às privações e durezas, para que fosse capaz de se levantar entre o povo de forma tão imutável pelas circunstâncias como as rochas e as montanhas do deserto que o circundaram por trinta anos. Uma grande obra estava perante ele, e era necessário que formasse um caráter que não se desviasse do direito e do dever por qualquer influência circundante. [...]

João é um exemplo para [...] o povo destes últimos dias, a quem foram confiadas verdades importantes e solenes. Deus deseja que Seu povo seja temperante em todas as coisas. Deseja que note a necessidade da negação do apetite a fim de manter as paixões sob o controle da razão. Isso é necessário para que tenha força e clareza mental para discernir entre o certo e o errado, entre a verdade e o erro. Há uma obra para cada um [...] realizar na vinha do Senhor, e Ele quer que estejamos prontos para desempenhar nossa parte habilmente (Youth's Instructor, 7 de janeiro de 1897).

domingo, 1 de dezembro de 2013

Pôr do Sol no Colorado


Aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não Se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. Hebreus 11:16


Durante a viagem de trem para a cidade de Denver, ficamos encantados ao contemplar um lindo pôr do sol do Colorado. O sol estava se pondo atrás das montanhas cobertas de neve, deixando os suaves raios de luz dourada colorir o céu. À medida que a mescla de cores era realçada e se estendia pelo firmamento, com indescritível beleza, parecia que os portões do Céu estavam entreabertos, permitindo a passagem do resplendor de sua glória. Os tons dourados eram cada vez mais fascinantes, como que nos convidando a imaginar a glória maior contida dos portões para dentro. [...] Se essa cena encantou de tal maneira nossos sentidos, muito mais encantadora será a plenitude da glória do próprio Céu. [...]

O Céu parecia estar muito próximo. [...] Ao se voltarem os olhos da deslumbrante glória do findar do dia, pudemos refletir que se contemplássemos mais o Céu através dos olhos da fé, haveria mais luz, mais paz e alegria ao longo de toda a jornada da vida. [...] Se os olhos da fé fossem elevados para avistar além do véu do futuro e discernir os sinais do amor e da glória de Deus na vida futura que nos é prometida, seríamos mais espirituais, e as belezas e as alegrias do Céu estariam presentes em nossa vida diária. Devemos estar preparados para desempenhar fielmente nossa obra nesta vida e na vida futura mais elevada. [...]

Nosso Pai celestial fixou glórias no firmamento dos céus para que o ser humano pudesse contemplar a expressão de Seu amor na revelação de Suas obras maravilhosas. Deus não deseja que sejamos indiferentes aos símbolos das glórias de Seu poder infinito no céu. Davi se deleitava em contemplar tais glórias. Compôs salmos que os cantores hebreus entoavam em louvor a Deus. "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos. [...] Aí, pôs uma tenda para o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho" (Sl 19:1, 4, 5). [...]

Todas as forças de nosso ser, todos os meios de nossa existência e felicidade, todas as bênçãos dos cálidos raios de Sol e das refrescantes chuvas, que fazem com que a vegetação floresça, todo conforto e toda bênção desta vida provêm de Deus. Ele faz vir chuvas sobre justos e injustos. Os tesouros do Céu são concedidos a todos (Signs of the Times, 12 de dezembro de 1878).